Ao longo da história, a sociedade passou por inúmeras transformações que impactaram diretamente sua organização social, econômica e produtiva. Desde os primeiros agrupamentos humanos na Antiguidade, passando pelas revoluções comerciais, industriais e tecnológicas, até o atual cenário da era digital, esses movimentos foram fundamentais para o avanço das estruturas administrativas e tecnológicas que hoje conhecemos.
Na
Antiguidade, a administração ainda era baseada na observação e na experiência
prática, com registros rudimentares voltados à contabilidade de estoques e
tributos, como observado nas civilizações egípcia e mesopotâmica. Nas civilizações antigas e até a
Revolução Industrial, as organizações eram simples, baseadas em autoridade
rígida e tarefas repetitivas, sem muita divisão estratégica. A liderança
era autoritária, e o planejamento quase inexistente — tudo era feito de forma
imediata, com foco na produção. Com o tempo, principalmente a partir do século
XVIII, as empresas começaram a evoluir, adotando estruturas mais complexas e
conceitos organizacionais mais definidos. Surgiram os níveis estratégicos,
táticos e operacionais, e a liderança passou a ser mais voltada para
a motivação e o desenvolvimento de pessoas. Hoje, com o planejamento
estratégico, as empresas pensam no futuro, a longo prazo, buscam inovação e
valorizam o capital humano como peça-chave do sucesso organizacional.
Com o
tempo, especialmente a partir da Revolução Industrial, os modelos
administrativos passaram a se formalizar e ganhar relevância teórica, com o
surgimento de estudiosos como Frederick Taylor, Henri Fayol e Max Weber, que
contribuíram significativamente para a sistematização das práticas
administrativas.
No aspecto
tecnológico, as inovações surgidas a partir do século XVIII impulsionaram a
mecanização da produção e, consequentemente, a necessidade de uma gestão mais
eficiente dos recursos humanos e materiais. O século XX trouxe consigo o avanço
dos sistemas informatizados, revolucionando a forma como as empresas processam
dados, tomam decisões e se comunicam interna e externamente. As empresas iniciam
a mudança onde informações e responsabilidades deixam de ser apenas de
interesse para os donos e transformam -se envolvendo também outras partes
interessadas a quem se devem seus conteúdos.
Atualmente,
vivemos um cenário marcado pela transformação digital, com o uso
intensivo de tecnologias como inteligência artificial, big data,
computação em nuvem e automação de processos. Essas ferramentas não apenas
otimizam a performance organizacional, como também exigem uma gestão
estratégica mais dinâmica e adaptável. O cliente está no centro de uma empresa,
significa que quaisquer meios utilizados para melhor atende-lo devem ser
implantados e as Inteligências Artificiais são a evolução do momento histórico
que vivemos.
Uma das
transformações mais marcantes é o avanço da inteligência artificial (IA),
que tem provocado profundas mudanças no mercado de trabalho e na estrutura das
organizações. A IA vem sendo aplicada em diversos setores, automatizando
tarefas repetitivas, otimizando processos decisórios e oferecendo soluções
preditivas a partir da análise de grandes volumes de dados. Embora essa
tecnologia traga ganhos significativos de eficiência e produtividade, ela
também gera preocupações quanto à substituição de postos de trabalho,
especialmente em funções operacionais. Por outro lado, surgem novas
oportunidades profissionais voltadas ao desenvolvimento, análise e supervisão
de sistemas inteligentes, exigindo uma força de trabalho cada vez mais qualificada
e adaptável. Assim, a inteligência artificial representa não apenas uma
evolução tecnológica, mas também um desafio social e administrativo que exige
reflexão e planejamento estratégico por parte das organizações. As IA’s analisam dados passados e buscam melhores estratégias e técnicas
para ajudar ao ser humano desenvolver suas atividades, caracterizando mais praticidade,
maior eficiência e eficácia.
Dessa
forma, é possível afirmar que as mudanças históricas foram determinantes para o
progresso das práticas administrativas e tecnológicas. As empresas, por sua
vez, precisaram se reinventar continuamente para acompanhar tais
transformações, adotando modelos de gestão mais inovadores e ferramentas
tecnológicas capazes de responder às demandas de um mercado cada vez mais
competitivo e globalizado.